O vínculo afetivo pode ser considerado mais importante que o vínculo biológico

O vínculo afetivo pode ser considerado mais importante que o vínculo biológico?

Um cidadão ajuizou Ação Negatória de Paternidade, afirmando que foi induzido à erro pela mãe da criança e que não era pai biológico da criança.

 

Foi realizado estudo social, onde a criança demonstrou possuir vínculo afetivo com o autor da ação (pai afetivo), relatando diversos momentos de diversões e convivências.

 

A mãe da criança e o pai afetivo tiveram um relacionamento pelo período de 02 anos, e quando terminaram, ela contou que o filho não era dele. Naquele momento o homem não se importou com a notícia, e ainda assim levou a criança para morar junto com ele.

 

Após um tempo, buscou a ex-companheira para “entregar” o filho, alegando que não poderia mais assumi-lo.

 

Para o relator do processo, o Desembargador Julio Roberto Siqueira Cardoso, embora o exame genético tenha concluído que o apelante não é pai biológico do garoto, há provas nos autos que evidenciam a existência de paternidade socioafetiva entre as partes.

 

Abandonar o filho após reconhece-lo espontaneamente seria um ato negligente, e apesar do exame de DNA concluir que o cidadão não é pai biológico do menino, o reconhecimento do vínculo socioafetivo deve se sobrepor ao biológico pelo melhor interesse da menor.

 

O processo tramitou em segredo de justiça no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

 

Autoria de Beatriz Cristina Barbieri Büerger.

Fonte: Jurídico Certo

Compartilhe esta postagem

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email
Vantini Advogados está sempre de portas abertas para você e sua empresa.
Envie uma sua mensagem para nosso e-mail ou entre em contato com um de nossos escritórios regionais.

Central de Atendimento